segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

|::| Das transcendências

Acabo de entrar oficialmente em férias. Este foi, certamente, o ano de trabalho mais intenso da minha vida até hoje e o meu desafio agora é desacelerar, desconectar e me reconectar a outras possibilidades de vida. Fiz uma boa escolha de onde passar meus primeiros dias de férias. Aqui, afastado de tudo, acima das nuvens, sentindo o silêncio. Quando as nuvens passam, dá pra ver 3 cidades lá longe e, daqui, tudo realmente parece muito pequeno.


Esse exercício de afastamento e o efeito que isso provoca na nossa mente (e no nosso corpo) talvez seja uma das tantas transcendências possíveis. E transcender, pelo menos para mim, não é fácil. Exige um certo desprendimento. Exige desapego, pois sempre significa a transposição de alguma coisa que parecia fazer parte de você. Significa, talvez, uma transposição de si mesmo, um abandono de algo que parecia emoldurar seu corpo, como sua pele, mas que agora você vê que era apenas uma das muitas e variadas cascas com que vamos nos cobrindo ao longo das nossas experiências. E manter-se consciente desse processo e da realidade de que isso tudo vai acontecer inúmeras vezes traz alguma serenidade a respeito do futuro. E também uma certa conexão com o fluxo que faz da morte e da vida apenas dois momentos diferentes de como o universo é experimentado.

Boas férias para mim. Obrigado.

Ah, e vale uma propaganda aqui de onde estou... Estou na Pousada Rural, em Ipuiúna - MG. Recomendo bastante para quem quer descansar. É a segunda vez que venho para cá.